quinta-feira, 31 de julho de 2008

Trabalhar em nome da fé e da amizade

Texto: Mariana Cardoso

São raras as pessoas que dedicam as férias ou as folgas do trabalho aos serviços voluntários. Mas, no bairro Ponte do Imaruim, quase 50 delas, profissionais das mais variadas áreas, reúnem-se todos os dias para construir, em nome da fé e da amizade, um salão de reuniões para estudos bíblicos. Eles são membros da igreja Testemunhas de Jeová e desde o dia 05 deste mês trabalham na obra, localizada na Avenida Elza Luchi.A intenção dos voluntários é finalizar o projeto já no dia 03 de agosto. Para isso, eles abrem mão do tempo livre para dedicar-se às mais variadas tarefas: carregar barro e cimento, rebocar, construir o telhado, pintar, entre tantas outras. Todos os serviços são realizados por homens e mulheres de diferentes idades, muitos deles vindos de outros municípios. Há voluntários de Balneário Camboriú, Criciúma, Tubarão, Florianópolis e até Torres, no Rio Grande do Sul.Os trabalhos acontecem todos os dias, das 7h às 18 horas. No último domingo, por exemplo, 212 voluntários da igreja uniram-se para ajudar na obra de quase 200 metros quadrados. O projeto inclui um auditório para 145 lugares, banheiros e depósitos. “Trabalhar aqui traz uma alegria diferente daquela de quando trabalhamos por dinheiro, me sinto realizado”, revela o Taxista Rudney Oliveira dos Santos, de 42 anos. Ele é o carpinteiro responsável da obra e atua juntamente com a esposa Graça.Assim como eles, outros casais também trabalham juntos, cada um deles com uma determinada função. Todas as refeições são gratuitas, feitas em um organizado refeitório montado no próprio local (café, almoço, lanche e janta). “Aqui todos trabalham animados e se dedicam muito. Talvez alguns nunca voltem para assistir a uma reunião, mas trabalham mesmo assim pelo próximo”, explica o Contador aposentado Antônio Molina Munhoz, de 70 anos, um dos responsáveis pelo andamento da obra.Seu Munhoz, como é conhecido, já trabalhou como voluntário em mais de 50 construções como essa, em diferentes cidades de Santa Catarina. A prática, segundo ele, não tem preço. A jovem Fabrícia de Oliveira Rosa, de 20 anos, moradora de Laguna, concorda: “Já aprendi a assentar tijolos, carregar cimento e até a pintar”, revela, animada. Ela já participou da construção de um salão também em sua cidade e veio ajudar em Palhoça pela primeira vez.Há mais de seis milhões de Testemunhas de Jeová em todo o mundo. No Brasil elas iniciaram suas atividades no início do século passado e hoje somam mais de 660 mil pessoas. Na cidade de Palhoça, a atividade das Testemunhas de Jeová teve início em 1975 e hoje mais de 700 pessoas assistem às reuniões da igreja.

http://www.palhocense.com.br/texto.php?id=4284

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